É habitual dizer-se que a cultura define o povo ou o país.
Portugal é dos países mais antigos da Europa. Já há mais de 800 anos que Afonso Henriques proclamou a sua independência de Castela (Espanha)...
Durante vários séculos o povo Lusitano enfrentou os mares e foi à procura de novos mundos, tendo deixado marcas nos 5 continentes.
Mas internamente, no território nacional que vai do Minho ao Algarve e dos Açores à Madeira, muitas manifestações culturais nos deixam orgulhosos... Monumentos variados, dos quais eu destacaria os mosteiros da Batalha e dos Jerónimos, igrejas e catedrais, festejos populares como por exemplo o Santo António em Lisboa ou o São João no Porto e Braga, mas ainda o Carnaval que de Ovar a Loulé ou ao Funchal, passando por muitos outros locais, com raizes e marcas de há longos anos, dão-nos muitas datas ou eventos para comemorar...
Muito mais poderiamos dizer sobre o nosso património cultural, afinal somos o povo de onde emergiram Eça de Queiroz, Luis Vaz de Camões, Júlio Dinis, Pedro Homem de Melo e muitos mais...
Mas também somos o povo de onde saiu Saramago, que às vezes tenho dúvidas se o devo considerar português ou espanhol. Somos o povo onde os jogadores que o Brasil não quis para a sua selecção têm lugar cativo na nossa, mesmo em baixo de forma. Somos o povo onde alguns se mascaram a 31 de Outubro para celebrar "O dia das bruxas", cuja origem é americana e que os EUA (país com pouco mais de 200 anos) exportam para os países terceiro mundistas e carentes de eventos culturais próprios e que incompreensívelmente alguns portugueses teimam em transformar em evento nacional.
Mais do que nunca temos que pugnar pela nossa diferença e pelos nossos valores, por aquilo que é nosso e promovê-lo...
Deixemo-nos de ser moços de recados dos outros e andarmos por aí a promover a cultura deles...
Tenhamos orgulho na língua portuguesa e não sejamos vulgares papagaios discursando em espanhol quando estamos em Espanha...
Viva o Português ! Viva Portugal !
Domingos António Cabral
Retalhos da minha vida


Há umas semanas decidi, num sábado, ir até Praia de Mira, rever aquelas paisagens. A casa das minhas memórias está ao abandono, meia degradada; certamente desabitada. O casario não mudou muito. As margens da ria estão ainda mais bonitas; bem tratadas, limpas e convidativas para se passear tranquilamente. São desta última visita as fotografias que hoje aqui trago; algumas tiradas por mim, outras pelo meu filho de quase 12 anos...


Quando saio a porta de minha casa e olho para os vasos, nesta altura, há um que não me deixa indiferente... São as camélias brancas; uma combinação especial de uma flor muito bonita com a cor que significa pureza...
E quando repouso o olhar nestas flores, sinto que apesar de todas as difculdades que enfrento ou que venha a enfrentar, as forças criadoras destas maravilhas, estão e estarão comigo para começar de novo e vencer as vezes que for necessário.
Além disso e de todos estes pensamentos filosóficos, cada vez me convenço mais das minhas capacidades e do desconforto que isso provoca naqueles que são só aparência... .jpg)