sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Amadores e Profissionais

Eu sou Radioamador. Um amante das comunicações via rádio, das experiências de emissão e receção de ondas magnéticas moduladas com áudio e da eletrónica em geral. Não percebo muito, sou um amador. 
Há já alguns anos li uma frase que me marcou e me fez pensar: «A arca que resistiu ao dilúvio foi construída por Noé, que em termos de profissão não era carpinteiro, sendo por isso um amador. Por sua vez o Titanic, que afundou na sua primeira viagem, foi construído por profissionais altamente especializados.»
Hoje medito sobre o aparecimento das religiões e sobre a forma que as mesmas foram tomando ao longo dos anos. No Cristianismo, a religião com a maioria de praticantes entre nós, vemos cada vez mais profissionais. Padres, Pastores, Servos e outros especializam-se em Institutos e Universidades criadas para ensinar a ministrar sobre esta religião.
A consequência ou o que resulta dessa especialização pode ser visto no império do Vaticano, com instituições bancárias próprias, bispos cardeais a viveram em luxosos apartamentos com limusines à porta. O império de Pastores, no mundo inteiro, onde os seus bens se avaliam em milhões de dólares e Ferraris e outras máquinas nas suas garagens.
E quando eu decidi pregar a Epístola ou Carta de São Tiago, fui chamado á atenção com a frase «Não podemos ser miserabilistas.» A única coisa que no momento me ocorreu é que não era a mim que chamavam miserabilista, mas a Jesus que pregou e levou uma vida muito diferente da dos líderes religiosos desse tempo e do de agora. Que incentivou a desprenderem-se dos bens materiais para o seguir. Jesus, que é  usado por padres e pastores (escrevi agora com letra minúscula propositadamente) para induzirem pessoas menos avisadas a alimentar o «polvo» que eles mesmo criaram.
Então não me restou alternativa a seguir só no meu Cristianismo. Porque como costumo dizer sou um Fundamentalista (no bom sentido da palavra).

(texto não revisto)

Domingos António Cabral
Retalhos da minha vida

terça-feira, 10 de outubro de 2023

As minhas fotografias

Uma das coisas que menciono no meu perfil é que gosto de fotografar. 

Não sou um especialista. Não viajo o suficiente para vos trazer aqui imagens de lugares que vocês não conhecem. Mas vivo com uma artista que gosta de pintar e de jardinar. Em qualquer destes passatempos é necessário colocar carinho e amor. Essa tem sido a base para muitos das minhas captações. Sem filtros, sem efeitos, mas sonhando e tentando reter nas fotografias aquilo que os meus olhos veem e amam.

Deixo aqui algumas das fotos mais recentes. O mérito partilho-o com a jardineira, Isa ou Zelinda Isabel, como preferirem.











Domingos António Cabral
Retalhos da minha vida
autor de «O Olhar Da Vidente»
coautor de «Mudar Para Vencer!»


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Nunca reveles os teus sonhos... antes de os concretizares.

«Nunca reveles os teus sonhos.» 

Já tinha ouvido este conselho, se assim o podemos chamar, mais do que uma vez. O que me foi transmitido é que as pessoas podiam invejar-me e impedir o sonho de se materializar. Mas como eu valorizo pouco essas coisas do mau olhado, não prestei grande atenção.

Foi então que um dia me propuseram para uma tarefa que prontamente aceitei e passado pouco tempo, confessei mesmo a quem me convidara que era algo que me dava imensa satisfação fazer.

Desde esse dia, as dificuldades para executar as minhas funções, não só essa, mas essa também, aumentaram significativamente. Pedi ajuda diversas vezes e apesar de todos me dizerem que sim, ninguém me ajudava. Fiquei um pouco confuso sobre quais os objetivos de uma equipa que isola um dos elementos e, usando uma expressão do futebol, «não lhe passava bola».

Não demorei muito a perceber que não era bem vindo, não só na equipa, mas no clube em geral. Nos adeptos havia uma divisão entre os que me apoiavam e os que eram contra. Mas o golpe veio da própria equipa que tudo aproveitava para me culpar, embora nunca ninguém tivesse sido capaz de me apontar uma só falha. Para cúmulo, o treinador embarcou e publicamente desvalorizou todo o meu trabalho e foi mesmo mais longe quando me avaliou, sem sequer se ter informado a meu respeito.

Seguindo o meu bom senso, afastei-me. E depois de refletir um pouco, percebi que tudo havia sido meticulosamente planeado. Nada havia acontecido por acaso. Desde o dia em que aceitei o convite, eu havia entrado na «ratoeira». A minha boa fé havia-me traído. Tudo o que já me haviam acusado, injustamente, ficou claro para mim nesse momento. Ficou também claro o porquê de já em tempos passado ter sido confrontado com posições inquisidoras a meu respeito.

Hoje sigo só com o meu Deus e a minha família. Mais importante do que funções e clubes é a minha integridade perante o meu Senhor e a união da minha família. E sejam os clubes de futebol, de política ou de religião, nunca passarão de meras organizações de homens.

Nota do autor: Não foi num clube de futebol. Mas foi num «clube» que anos antes já havia rejeitado o meu filho e eu, confesso, nessa altura hesitei entre valorizar a análise dele sobre a má fé do que lhe fizeram ou se teria sido somente um mal entendido. Mas há «clubes» ou «sociedades», que cultuam homens e que são fechados a novos membros, embora preguem o contrário. 

Domingos António Cabral

Retalhos da minha vida

autor de «O Olhar Da Vidente»

coautor de «Mudar Para Vencer!»