Trago-vos mais um Retalho da minha vida. Há quase um ano, mais concretamente a 09 de julho de 2024 eu escrevi o seguinte:
«Ao fim de 1 mês e meio a aguardar por uma consulta médica no Serviço Nacional de Saúde, anteontem recebi 1 SMS e ontem recebi mais 3 SMS a avisar-me para não faltar à consulta agendada para hoje.
Hoje, azar meu, faltou a médica.
Esqueceram-se de mandar SMS à médica!
Mandaram as SMS todas para mim. Terá sido engano?
A solução que me propuseram foi marcar nova consulta, para a qual, a data disponível mais próxima é daqui a 2 meses e meio.»
E a 23 de setembro de 2024, depois de na véspera ter recebido novamente 2 SMS a avisar para não faltar à consulta agendada, recebi logo de manhã um telefonema do Centro de Saúde a cancelar, porque a médica havia faltado.
Fiquei um pouco desesperado. Até parece que a médica quando via o meu nome na lista de consultas, faltava.
A melhor data possível para novo agendamento foi 23 de outubro. E finalmente, quase meio ano depois, lá tive a tão esperada «reunião» com a médica, em que trocamos algumas opiniões sobre a minha necessidade de fazer dieta e perder peso.
No final, ela não me pareceu nada assustada ou zangada comigo. Foi muito simpática e prescreveu-me uma dúzia de análises.
Claro que entretanto eu havia recorrido a consulta e tratamento no privado, não comparticipada pelo SNS.
Cheguei à conclusão que o mau funcionamento do SNS não se deve aos profissionais ou à gestão destas situações em que, caso haja cancelamento, a única alternativa é marcar nova consulta para meses depois. Ou seja, a culpa não é dos profissionais que faltam ou dos que fazem estes procedimentos e se estão nas tintas para os doentes... a culpa é do ministro ou da ministra...
E mais, demitam a Ministra ou o Ministro, não vá ela ou ele terem uma ideia para solucionar estes casos e acabarem com o mau funcionamento do SNS.
Afinal, como dizia o outro, o maior problema deste país é a «peste grisalha». E até parece que esse é o problema que a classe política está empenhada em combater. Tudo o resto no nosso país, apesar de mudarem os governos, continua sempre na mesma.
Domingos António Cabral
Retalhos da minha vida
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